
INTRODUÇÃO
Todos precisam relaxar para escapar do tempo. Ouvir música, apreciar o movimento das nuvens, catar pedras ou conchas na praia – esses são modos dos quais lançamos mão para acalmar a mente, readquirir um sentido de nossa própria integração na simplicidade do momento. Quando crianças subimos em árvores e corremos de pés descalços. Estamos à vontade, entregues a nós mesmos, e em contato com nossa natureza básica. Mas ao crescer, gastamos cada vez mais tempo vivendo puramente em torno do nosso raciocínio.
Agora é tempo de redirecionar o equilíbrio e nos voltarmos para nosso corpo, pela suave arte do toque e do contato. Essa é uma linguagem comum, que podemos usar para instilar melhora ou confiança, para aliviar a dor ou eliminar as tensões – mas, acima de tudo, para transmitir o fato de que nos preocupamos com as pessoas. Como uma clareira na floresta, a massagem nos dá um “espaço para respirar”, no qual podemos descansar e buscar um processo de reorientação.
A massoterapia pode nos proporcionar um meio de contrabalançar as tensões do trabalho e as pressões domésticas. Para um grande número de pessoas, rigidez e dor são um modo de vida ao qual se habituaram, e com freqüência é depois que fazem ou recebem uma massagem que percebem o quanto de sua energia é consumida pela tensão. A massagem pode ser uma viagem de autodescoberta, revelando como é sentir-se mais relaxado e em harmonia, como é vivenciar a prazer de um corpo que pode respirar, prosseguir e movimentar-se livremente.
MASSAGEM, PASSADO E PRESENTE
Durante milhares de anos, alguma forma de massagem, ou de superposição das mãos, tem sido utilizada com o objetivo de melhorar e aliviar os enfermos. Para os antigos médicos gregos e romanos, a massagem era um dos principais meios de aliviar a dor. No início do século V a.C., Hipócrates – o “pai da medicina” – escreveu: “O médico deve ter experiência em muitas coisas, mas certamente deve ter habilidade na fricção... Porque a fricção pode unir uma junta que está com demasiada folga e afrouxar uma junta que está demasiadamente rígida”.
Plínio, o famoso naturalista romano, era regularmente submetido a fricções para aliviar sua asma; e Júlio César, que sofria de epilepsia, tinha seu corpo todo submetido a beliscões para aliviar sua neuralgia e suas dores de cabeça. Depois da queda de Roma no século V d.C., houve pouco progresso, no âmbito das terapias, na Europa de então; assim, coube aos árabes o estudo e o desenvolvimento dos ensinamentos do mundo clássico. Avicena, o filósofo e médico árabe que viveu no século XI, observou, em sua obra Cânone, que o objetivo da massagem era “a disposição das matérias estéreis ou esgotadas que se encontram nos músculos, e não são expelidas pelo exercício”.
Durante a idade média, na Europa pouco se falou da massagem. Mas essa arte foi revivida no século XVI, principalmente em decorrência da obra de Ambroise Paré, que transcreveu e publicou uma literatura antiga sobre fricções junto com sua própria aplicação específica para pacientes cirúrgicos. Seu trabalho foi reconhecido e a terminologia francesa para as técnicas específicas de massagem são usadas até hoje, tanto que é considerado “o pai da massagem”. Depois, no início do século XIX, um sueco, de nome Per Henrik Ling, desenvolveu o que atualmente é conhecido como massagem sueca, sintetizando seu sistema com base em seu conhecimento da ginástica e da fisiologia, e também das técnicas chinesa e egípcia, grega e romana. Em 1813 foi fundada em Estocolmo a primeira escola que oferecia massagem como parte do currículo, e desde então se alastraram por todo o continente europeu os institutos e as estações de banho que incluíam a massagem em seus programas. Hoje, o valor terapêutico da massagem foi novamente reconhecido, e essa arte continua a florescer em todo o mundo ocidental, tanto entre praticantes leigos como entre profissionais.
No Oriente, as técnicas de massagem sempre foram mais valorizadas do que no ocidente, e seu uso tem tido uma continuidade ininterrupta desde as eras mais remotas. Talvez a diferença que até muito recentemente existia entre as atitudes oriental e ocidental com relação à massagem tenha origem na revolução científica ocorrida no mundo ocidental há cerca de 250 anos. Em decorrência dessa nova ciência, conceitos mais antigos, que ligavam o corpo à mente e ao espírito, foram descartados como não-científicos e, com o passar do tempo, o corpo passou a ser considerado um tipo de máquina sofisticada, que podia ser consertada e mantida por pessoas altamente treinadas e especializadas – em outras palavras, os médicos.Mas no oriente essa atitude “científica” não se arraigou senão em tempos muito recentes, e as pessoas que moravam fora dos grandes centros continuaram a combinar o desejo instintivo de “esfregar para melhorar” com habilidades refinadas e elaboradas pela longa tradição transmitida pelos “médicos descalços”, detentores do conhecimento da teoria da medicina oriental e das técnicas de manipulação ou de conserto dos ossos, técnica conhecida sei-tai.
Evidência histórica da reflexologia, massagem e shiatsu;À esquerda, pintura na parede da tumba de um médico em Saqqara, Egito, datada de 2330 a.C.;À direita, adaptação de xilogravuras tomadas de um texto japonês do início do século XIX.
A LINGUAGEM DO CONTATO
Tocar significa contactar, ou seja, relacionar-se com aquilo que se situa fora de nossa própria periferia, o solo situado sob nossos pés. E para os seres humanos, como para os outros animais, o ato de tocar é de importância vital. O contato instila confiança, transmite calor, prazer, conforto e renovada vitalidade. O contato nos diz que não estamos sós.
Dentre todos os sentidos, o tato é o primeiro a desenvolver-se. Como bebês, é principalmente pela nossa experiência tátil que exploramos e percebemos o mundo, e o contato amoroso de nossos pais é essencial para nosso crescimento. Desde que nossa necessidade de tocar e ser tocado é satisfeita, crescemos saudáveis; mas, quando ela é inibida,nosso desenvolvimento pode ficar comprometido. Porque as carícias, abraços e afagos que recebemos na infância nos ajudam a construir uma imagem saudável de nós mesmos e acalentar o sentimento de que, porque somos tocados, somos aceitos e amados.Há mais de vinte anos, o psicólogo americano S.M.Jourard demonstrou que nossa percepção do quanto somos tocados por outras pessoas parece estar nitidamente relacionado a nossa auto-estima e a quanto nós nos valorizamos.
Experimentos com filhotes de primatas demonstraram como é essencial o contato físico com uma mãe “quentinha” e carinhosa e, por outro lado, o quanto pode ser física e emocionalmente bloqueadora a privação do contato, uma vez que todas as nossas sensações de realidade estão baseadas no sentido do tato. Em nossa sociedade, ser privado do contato com os outros seres humanos é uma punição – e a pior de todas as punições é o confinamento numa solitária. Ao sermos impedidos de tocar e ser tocados sentimo-nos angustiosamente sozinhos e ansiosos. Num recente estudo clínico norte-americano, os clientes que tiveram negado o contato informaram ter-se sentido agudamente isolados e desligados do calor do contato humano.
O tato é a linguagem que todos nós usamos instintivamente para revelar nossos sentimentos, para demonstrar às outras pessoas que são amadas, desejadas ou apreciadas. “- Deixe-me massagear um pouco, que logo vai melhorar” é nossa resposta natural aos tombos e às contusões; as mãos se movimentam rapidamente, indo repousar em testas febris ou aliviar dores de barriga ou de cabeça. A dor emocional também evoca uma resposta imediata. Ao pegar no colo, confortar, acariciar, transmitimos simpatia, compreensão, incentivo. Sozinhos e sentindo dor, embalamo-nos e abraçamos com intensidade, repousamos a cabeça cansada nas mãos, massageando de forma inconsciente nossos membros doloridos. Mas, afora talvez o abraço de duas pessoas, gesto puramente de amizade, ou para transmitir nossa felicidade ou alegria, não nos teremos desviado demasiadamente de nossos instintos ao reservar a linguagem do tato exclusivamente para os gemidos de dor e tristeza, ou no momento do sexo – por ter medo do contato que signifique apenas afeição, ou um modo de relaxar?
SITES RECOMENDADOS
http://www.abcdasaude.com.brhttp://www.msd-brasil.com/msd43/m_manual/sumario.htm (Manual MERCK - excelente)http://www.interfisio.com.br
Você que está iniciando o estudo do corpo humano pode aprender como ele é organizado e como funciona. Para entender o que acontece com o corpo quando ele é ferido, está doente ou submetido ao estresse elevado, você deve primeiramente ter um entendimento básico de como o corpo é organizado, de como suas diferentes partes normalmente funcionam e das várias condições que afetarão o seu funcionamento para manter a saúde e a vida.
Você será introduzido aos vários sistemas que compõem o corpo humano. Você também aprenderá como estes sistemas, em geral, cooperam entre si, para manter a saúde do corpo como um todo e como estes sistemas interagem para mantê-lo saudável.
DEFINIÇÃO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA
Para entender as estruturas e as funções do corpo humano, estudaremos as ciências da anatomia e da fisiologia. A anatomia (anatome = cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. Afisiologia (physis + lógos + ia) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função. Por exemplo, os pêlos que revestem o nariz filtram o ar que inspiramos. Os ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo. Os ossos dos dedos, em contraste, estão unidos mais frouxamente para permitir vários tipos de movimento.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão associados entre si. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas.
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células musculares, nervosas e sangüíneas. A Figura acima mostra quatro tipos diferentes de células de revestimento do estômago. Cada uma tem uma estrutura diferente e cada uma desenvolve uma função diferente.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. As células na Figura acima formam um tecido epitelial que reveste o estômago. Cada célula tem sua função específica na digestão.
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago. A Figura acima mostra os vários tecidos que constituem o estômago. A túnica serosa é uma camada de tecido conjuntivo e tecido epitelial, estando localizada na superfície externa do estômago, que o protege e reduz o atrito quando o estômago se move e roça em outros órgãos vizinhos. As camadas de tecido muscular do estômago estão localizadas abaixo da túnica serosa e contraem-se para misturar o bolo alimentar e transportá-la para o próximo órgão digestório (intestino delgado). A camada de tecido epitelial que reveste o estômago produz muco, ácido e enzimas que auxiliam na digestão.
O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas.O mais alto nível de organização é o nível de organismo.
Todos os sistemas do corpo funcionando como um todo compõem o organismo - um indivíduo vivo.
COMO OS SISTEMAS DO CORPO FUNCIONAM EM CONJUNTO
À medida que os sistemas do corpo forem estudados com mais profundidade, você verá como eles funcionam para manter a saúde, protegê-lo contra doenças e permitir a reprodução da espécie. No momento, consideraremos como dois sistemas do corpo - os sistemas tegumentar e esquelético - cooperam entre si.
O sistema tegumentar (pele, pêlos e unhas) protege todos os sistemas do corpo, incluindo o sistema ósseo, por meio da função de barreira entre o ambiente externo e os tecidos e os órgãos internos. A pele (cútis) também está envolvida na produção de vitamina D, a qual o corpo necessita para a utilização apropriada de cálcio.
(O cálcio é o mineral necessário para o crescimento e o desenvolvimento dos ossos.) O sistema esquelético, por sua vez, fornece sustentação para o sistema tegumentar.
PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO HUMANO, ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS E SUAS FUNÇÕES
TEGUMENTARDefinição: Pele (cútis) e estruturas dela derivadas, como pêlo, unhas e glândulas sebáceas e sudoríparas.Função: Auxilia a regular a temperatura corporal, protege o corpo, elimina resíduos, auxilia na produção de vitamina D, recebe certos estímulos tais como temperatura, pressão e dor.
ESQUELÉTICODefinição: Todos os ossos do corpo, suas cartilagens associadas e articulações.Função: Sustenta e protege o corpo, auxilia nos movimentos corporais, aloja células que produzem as células sanguíneas, armazena minerais.
MUSCULARDefinição: Refere-se especificamente ao tecido muscular esquelético, em geral fixado a ossos (outros tecidos musculares são o liso e o cardíaco).Função: Participa na execução de movimentos, mantém a postura, produz calor.
NERVOSODefinição: Encéfalo, medula espinhal, nervos e órgãos dos sentidos, tais como olho e orelha.Função: Regula as atividades corporais por meio de impulsos nervosos, detectando mudanças no ambiente, interpretando-as e respondendo às mesmas, causando contrações musculares ou secreções glandulares.
ENDÓCRINODefinição: Todas as glândulas e tecidos que produzem substâncias químicas reguladoras das funções do corpo, chamadas hormônios.Função: Regula as atividades do corpo por meio de hormônios transportados pelo sangue do sistema cardiovascular, aos diversos órgãos-alvo.
CARDIOVASCULAR (CIRCULATÓRIO)Definição: Sangue, coração e vasos sanguíneos.Função: Distribui oxigênio e nutrientes às células, transporta dióxido de carbono e resíduos das células, auxilia na manutenção do equilíbrio ácido-básico do corpo, protege contra doenças, previne hemorragias pela formação de coágulos sanguíneos, auxilia na regulação da temperatura corporal.
LINFÁTICO E IMUNOLÓGICODefinição: Linfa, vasos linfáticos e estruturas ou órgãos contendo tecido linfático (grande número de células sanguíneas brancas, chamadas de linfócitos), tais como o baço, o timo, os linfonodos e as tonsilas.Função: devolve proteínas e plasma (porção líquida do sangue) ao sistema cardiovascular (circulatório), transporta gorduras do trato gastrintestinal para o sistema cardiovascular, serve de local para a maturação e a proliferação de certas células sanguíneas brancas e auxilia na proteção contra doenças pela produção de anticorpos, bem como de outras respostas.
RESPIRATÓRIODefinição: Pulmões e vias aéreas associadas, como a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios, que comunicam os pulmões.Função: Fornece oxigênio, elimina dióxido de carbono, auxilia a regular o equilíbrio ácido-básico do corpo, auxilia na produção de sons da voz.
DIGESTÓRIODefinição: Um tubo longo chamado de trato gastrintestinal e seus órgãos acessórios, tais como glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.Função: Degrada e absorve alimentos para utilização pelas células, elimina resíduos sólidos e outros.
URINÁRIODefinição: Rins, ureteres, bexiga urinária e uretra que, em conjunto, produzem, armazenam e eliminam a urina.Função: Regula o volume e a composição química do sangue, elimina resíduos, regula o equilíbrio e o volume de fluidos e de eletrólitos, auxilia na manutenção do equilíbrio ácido-básico do corpo, secreta um hormônio que auxilia na regulação da produção de células sanguíneas vermelhas.
GENITALDefinição: Órgãos (testículos e ovários) que produzem células reprodutivas (espermatozóides e óvulos) e outros órgãos que transportam, armazenam e nutrem células reprodutivas (vagina, tubas uterinas, útero, ducto deferente, uretra, pênis).Função: Reproduz o organismo e produz hormônios que regulam o metabolismo.
HOMEOSTASE: O PODER DE CURAR
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/ab_news_health/noticias.html
A habilidade do corpo em manter a homeostase dá-lhe um tremendo poder de cura e uma notável resistência ao abuso.
Mas, para a maioria das pessoas, boa saúde durante a vida não acontece por acaso. Dois fatores importantes para este equilíbrio denominado saúde são o meio ambiente e o próprio comportamento do indivíduo. Sua homeostase é afetada pelo ar que você respira, pela comida que você come e também pelos seus pensamentos.
A maneira que você vive pode ajudar ou interferir com a habilidade de seu corpo em manter a homeostase e recuperar-se dos inevitáveis estresses que a vida coloca em seu caminho. Consideremos o estresse imposto por um simples resfriado. Você está favorecendo seus processos naturais de cura quando você se cuida.
Bastante repouso e ingestão de líquidos permitem que o sistema imunológico realize seu trabalho. O resfriado faz seu curso e você logo estará de pé novamente.
Se, em vez de se cuidar, você continuar fumando dois maços de cigarro ao dia, não se alimentar adequadamente e passar diversas noites acordado estudando para um exame de anatomia e fisiologia, você interferirá com a habilidade do sistema imunológico em rejeitar microrganismos invasores e trazer o corpo de volta à homeostase e à boa saúde. Outras infecções tomarão vantagem de seu estado enfraquecido, e logo o resfriado terá se transformado em uma bronquite ou pneumonia.
HOMEOSTASE E PREVENÇÃO
Muitas doenças são o resultado de anos de comportamento pouco recomendáveis para sua saúde, que interferem na tendência natural de seu corpo de manter a homeostase.
Um exemplo óbvio é a doença relacionada ao fumo. O tabaco expõe o sensível tecido pulmonar a muitas substâncias químicas que causam câncer e que prejudicam a capacidade pulmonar de se recuperar.
Doenças como o enfisema e o câncer de pulmão são difíceis de tratar e muito raramente curados. Por isso, é muito mais sábio deixar de fumar (ou nunca começar), que esperar que seu médico o "conserte" quando você for diagnosticado com a doença. Isso não significa dizer que todas as doenças são resultado de maus hábitos.
Ainda não entendemos o que causa muitas doenças, e temos pouco ou nenhum controle sobre o seu desenvolvimento. E mesmo quando os hábitos do estilo de vida tenham contribuído para o desenvolvimento de uma doença, devemos reconhecer. que a mudança de hábitos é difícil e, desta forma, devemos evitar culpar a vítima quanto ao aparecimento de doenças.
O ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL
Durante muitos anos, a palavra "saúde" foi utilizada para significar simplesmente uma ausência de doenças.
Muitas pessoas sentiram que havia mais na saúde que simplesmente não estar doente. O termo "bem-estar" passou a ser utilizado para indicar um tipo de saúde de alto nível, representando mais que a ausência de doença, e incluindo o bem-estar em todos os aspectos de sua vida, não apenas no físico. O conceito de bem-estar é baseado na noção de que as escolhas do estilo de vida que você faz ao longo dos anos têm um importante impacto no seu bem-estar mental, físico e espiritual.
Bem-estar significa assumir responsabilidade por sua saúde, prevenir acidentes e doenças e ter um seguro de saúde, quando necessário. O bem-estar encoraja a conscientização do consumidor e promove o estabelecimento de sistemas e ambientes sociais conducentes a um comportamento saudável. Embora a prevenção de doenças seja um importante objetivo do estilo de vida de bem-estar, a doença e a incapacidade não o impedem, já que bem-estar significa fazer o possível para maximizar seu potencial pessoal para um ótimo bem-estar e para construir uma vida significativa e recompensadora.
POSIÇÃO ANATÔMICA
Em posição anatômica, o indivíduo encontra-se de pé, em posição ereta, de frente para o observador, com os membros superiores nos lados do tronco, as palmas das mãos voltadas para frente e os pés nivelados no solo.
As partes do corpo têm nomes anatômicos e nomes comuns para as diferentes regiões. Exemplos incluem cranial (crânio), torácica (peito), braquial (braço), patelar (joelho), cefálica (cabeça) e glútea (nádegas).
TERMOS DE DIREÇÃO
Os termos de direção indicam a relação de uma parte do corpo com outra.
Os termos de direção comumente utilizados são superior (em direção à cabeça ou parte superior de uma estrutura), inferior (distante da cabeça ou em direção à parte inferior de uma estrutura), anterior (próximo ou na parte da frente do corpo) , posterior (próximo ou no dorso do corpo) , medial (mais próximo à linha mediana do corpo ou de uma estrutura), intermédio (entre as estruturas medial e lateral), proximal (mais próximo à fixação de uma extremidade ao tronco ou estrutura), distal (mais distante da fixação de uma extremidade ao tronco ou estrutura), superficial (em direção à ou na superfície do corpo) e profundo (distante da superfície do corpo).
PLANOS E SECÇÕES (CORTES)
Planos são superfícies imaginárias planas usadas para dividir o corpo ou órgãos em áreas definidas. Um plano sagital mediano é um plano através da linha mediana do corpo, que divide o corpo (ou órgão) em lados direito e esquerdo iguais. Um plano parassagital (sagital paramediano) é um plano que não passa através da linha mediana do corpo e divide o corpo ou órgãos em lados esquerdo e direito desiguais.
Um plano frontal (coronal) divide o corpo em porções anterior e posterior. Um plano transversal (horizontal) divide o corpo em porções superior e inferior. Um plano oblíquo passa através do corpo ou órgãos em um ângulo entre os planos transversal e sagital mediano, sagital paramediano e frontal.
Secções resultam de cortes através de estruturas corporais. Elas são denominadas de acordo com o plano no qual o corte é feito e incluem secções transversais, secções frontais e secções sagitais medianas.
CAVIDADES DO CORPO
Os espaços do corpo que contêm órgãos internos são chamados de cavidades.
As cavidades dorsal e ventral são as duas cavidades principais do corpo.
A cavidade dorsal é subdividida em cavidade craniana, que contém o encéfalo, e o canal vertebral, que contém a medula espinhal e o começo dos nervos espinhais.
A cavidade ventral está subdividida pelo diafragma em uma cavidade torácica, superior, e uma cavidade abdominopélvica, inferior.
A cavidade torácica contém duas cavidades pleurais, a cavidade pericárdica e o mediastino.O mediastino contém uma massa de tecidos entre os pulmões que se estende do osso esterno até a coluna vertebral.Ele contém todas as estruturas da cavidade torácica com exceção dos pulmões.
A cavidade abdominopélvica está dividida em cavidades abdominal, superior e pélvica inferior. Nenhuma estrutura específica as divide.
As vísceras (órgãos) da cavidade abdominal incluem o estômago, o baço, o pâncreas, o fígado, a vesícula biliar, o intestino delgado e a maior parte do intestino grosso.
As vísceras da cavidade pélvica incluem a bexiga urinária, o colo sigmóide, o reto e os órgãos genitais internos femininos e masculinos.
REGIÕES E QUADRANTES ABDOMINOPÉLVICOS
Para descrever facilmente a localização de órgãos, a cavidade abdominopélvica pode ser dividida em nove regiões. Os nomes das nove regiões abdominopélvicas são: epigástrica, hipocondríca direita, hipocondríaca esquerda, umbilical, lateral (lombar) direita, lateral (lombar) esquerda, púbica (hipogástrica), inguinal (ilíaca) direita e inguinal (ilíaca) esquerda.
A cavidade abdominopélvica pode também ser dividida em quadrantes pela passagem de linhas imaginárias horizontal e vertical através do umbigo.
Os nomes dos quadrantes abdominopélvicos são: quadrante superior direito (QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE).
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DA MASSAGEM AS APLICAÇÕES DA MASSAGEM
O uso da massagem é determinado pelas indicações e contra-indicações para o tratamento, particularmente quando é aplicada para um fim terapêutico específico. Como ocorre com outras terapias, contudo, as opiniões sobre a aplicação das técnicas podem diferir. As indicações e contra-indicações para a massagem discutidas neste site, portanto, são consideradas sob essa perspectiva e servem como uma regra geral, não como uma lista de regras rígidas e restritivas. Por outro lado, algumas medidas de precaução são inquestionáveis. Para permitir que o terapeuta decida sobre a adequação da massagem, as seguintes questões devem ser abordadas:
A condição é aguda, subaguda ou crônica?
Qual é a finalidade da massagem – por exemplo, a melhora na circulação, o relaxamento ou remoção de toxinas?
Que regiões do corpo precisam ser trabalhadas? A massagem deve ser aplicada em determinada área ou deve ser sistêmica?
Que função orgânica ou sistema corporal a massagem influenciar?
Que técnicas de massagem podem ser aplicadas com segurança?
INDICAÇÕES PARA MASSAGEM
A massagem é uma indicação para condição patológica quando tende a apresentar benefícios ao tratamento. A massagem é invariavelmente administrada como um adjunto de outras abordagens, médicas ou complementares, e em alguns casos apenas é executada com a aprovação de um médico.Nesse estágio, é importante considerar a aplicação da massagem para diferentes tipos de condição:
Nos distúrbios constitucionais mais generalizados, o papel da massagem é estimular a eliminação de toxinas e resíduos – substâncias oriundas de infecções, inflamações, espasmos musculares e alterações similares. A massagem atinge seus objetivos pela influência sobre a circulação, em particular a do retorno venoso e linfático. Benefícios adicionais ocorrem com o relaxamento dos músculos e, igualmente significativo, com o relaxamento do cliente. Um efeito indireto, mas relevante é a estimulação do sistema nervoso autônomo, que, por sua vez, melhora a produção de secreções glandulares e o funcionamento orgânico;
Todos os movimentos de massagem têm um efeito de normalização sobre as zonas reflexas, quer sejam áreas de dor referida direta, relacionada a uma disfunção orgânica, quer seja uma mudança tecidual indireta. Além disso, algumas técnicas de massagem (como a técnica neuromuscular) podem ser aplicadas a zonas específicas, relacionadas com determinado distúrbio ou órgão;
Nas condições mais específicas, como alterações patológicas, a massagem é aplicada para ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados ao problema.
Diversos problemas encontram solução através da massoterapia, tais como: Calcificações articulares; contrações, espasmos, atonias e contorções musculares; luxações; edemas; debilidade sexual ou nervosa; distúrbios cardíacos, circulatórios, digestivos e intestinais; fadiga; obesidade; paralisia; reumatismo, gota, nevralgia e artrite; febres até 38º (ocasionadas por dengue ou resfriados); prisão de ventre; pré e pós cirúrgicos em estética; cicatrizes; gravidez normal; bebês; crianças; idosos e lesões em geral.
CONTRA-INDICAÇÕES PARA MASSAGEM
Embora, geralmente traga muitos benefícios, a massagem pode ser contra-indicada em alguns estados patológicos. A razão para uma abordagem cautelosa é eliminar a possibilidade de exacerbar a gravidade ou o número de complicações da patologia. Entretanto, na maioria dos casos em que há contra-indicações, a massagem deve ser evitada apenas nos tecidos ou regiões afetados. As informações obtidas na anamnese são utilizadas para avaliar a adequação do tratamento por massagem. Além disso, cada região do corpo deve ser examinada para averiguação de qualquer sinal ou indício de possíveis contra-indicações, seja elas menores ou de natureza mais séria. Ainda que algumas condições sejam mais obviamente contra-indicadas que outras, é sempre aconselhável uma prévia discussão com o médico do cliente. O importante é que o profissional da massagem tenha suficiente conhecimento sobre anatomia e patologia, a fim de tomar decisões lúcidas sobre a adequação do tratamento de massagem.
Nos casos de febres infecciosas; hemorragias; descalcificações graves (osteoporose severa); flebite, trombose; fraturas (antes de solidificadas); câncer; feridas abertas; queimaduras recentes; doenças mentais graves (o doente mental pode ter uma crise e atacar o terapeuta).
REAÇÕES AO TRATAMENTO
As reações da massagem e ao trabalho corporal variam de um cliente para outro. Enquanto uma pessoa apresenta uma resposta positiva em um curto período de tempo, outro cliente nas mesmas condições talvez necessite de um tratamento muito mais longo. A diferença é inevitável e deve ser encarada como natural. É válido lembrar que os clientes curam a si mesmos, ainda que com a orientação e ajuda do terapeuta. Existe disparidade, também, nos efeitos físicos imediatos ao tratamento. Apesar de, em geral, a massagem ser um conjunto agradável, algumas das manobras são mais agradáveis que outras. As técnicas de massagem profunda, por exemplo, assemelham-se mais a uma “dor gostosa”, quando comparadas com sensação tranqüilizadora do deslizamento superficial. Às vezes, uma sensação residual de leve dor permanece após o tratamento, o que invariavelmente decorre da superestimulação dos nervos sensoriais. Entretanto, qualquer dor ou abrasão que persista ou demonstre alguma importância deve ser registrada, literal ou mentalmente, já que revela a necessidade de ajustes nos tratamentos subseqüentes ou de omissão completa da área. Alguns clientes também relatam uma sensação de peso na cabeça ou a necessidade de assoar o nariz logo após o tratamento: ambos os sintomas são temporários e indicam que o corpo está eliminando toxinas. Não raro, a massagem no abdômen é seguida por defecação, e a massagem na linfa e nos rins, por micção: são, portanto, reações esperadas.
Todos precisam relaxar para escapar do tempo. Ouvir música, apreciar o movimento das nuvens, catar pedras ou conchas na praia – esses são modos dos quais lançamos mão para acalmar a mente, readquirir um sentido de nossa própria integração na simplicidade do momento. Quando crianças subimos em árvores e corremos de pés descalços. Estamos à vontade, entregues a nós mesmos, e em contato com nossa natureza básica. Mas ao crescer, gastamos cada vez mais tempo vivendo puramente em torno do nosso raciocínio.
Agora é tempo de redirecionar o equilíbrio e nos voltarmos para nosso corpo, pela suave arte do toque e do contato. Essa é uma linguagem comum, que podemos usar para instilar melhora ou confiança, para aliviar a dor ou eliminar as tensões – mas, acima de tudo, para transmitir o fato de que nos preocupamos com as pessoas. Como uma clareira na floresta, a massagem nos dá um “espaço para respirar”, no qual podemos descansar e buscar um processo de reorientação.
A massoterapia pode nos proporcionar um meio de contrabalançar as tensões do trabalho e as pressões domésticas. Para um grande número de pessoas, rigidez e dor são um modo de vida ao qual se habituaram, e com freqüência é depois que fazem ou recebem uma massagem que percebem o quanto de sua energia é consumida pela tensão. A massagem pode ser uma viagem de autodescoberta, revelando como é sentir-se mais relaxado e em harmonia, como é vivenciar a prazer de um corpo que pode respirar, prosseguir e movimentar-se livremente.
MASSAGEM, PASSADO E PRESENTE
Durante milhares de anos, alguma forma de massagem, ou de superposição das mãos, tem sido utilizada com o objetivo de melhorar e aliviar os enfermos. Para os antigos médicos gregos e romanos, a massagem era um dos principais meios de aliviar a dor. No início do século V a.C., Hipócrates – o “pai da medicina” – escreveu: “O médico deve ter experiência em muitas coisas, mas certamente deve ter habilidade na fricção... Porque a fricção pode unir uma junta que está com demasiada folga e afrouxar uma junta que está demasiadamente rígida”.
Plínio, o famoso naturalista romano, era regularmente submetido a fricções para aliviar sua asma; e Júlio César, que sofria de epilepsia, tinha seu corpo todo submetido a beliscões para aliviar sua neuralgia e suas dores de cabeça. Depois da queda de Roma no século V d.C., houve pouco progresso, no âmbito das terapias, na Europa de então; assim, coube aos árabes o estudo e o desenvolvimento dos ensinamentos do mundo clássico. Avicena, o filósofo e médico árabe que viveu no século XI, observou, em sua obra Cânone, que o objetivo da massagem era “a disposição das matérias estéreis ou esgotadas que se encontram nos músculos, e não são expelidas pelo exercício”.
Durante a idade média, na Europa pouco se falou da massagem. Mas essa arte foi revivida no século XVI, principalmente em decorrência da obra de Ambroise Paré, que transcreveu e publicou uma literatura antiga sobre fricções junto com sua própria aplicação específica para pacientes cirúrgicos. Seu trabalho foi reconhecido e a terminologia francesa para as técnicas específicas de massagem são usadas até hoje, tanto que é considerado “o pai da massagem”. Depois, no início do século XIX, um sueco, de nome Per Henrik Ling, desenvolveu o que atualmente é conhecido como massagem sueca, sintetizando seu sistema com base em seu conhecimento da ginástica e da fisiologia, e também das técnicas chinesa e egípcia, grega e romana. Em 1813 foi fundada em Estocolmo a primeira escola que oferecia massagem como parte do currículo, e desde então se alastraram por todo o continente europeu os institutos e as estações de banho que incluíam a massagem em seus programas. Hoje, o valor terapêutico da massagem foi novamente reconhecido, e essa arte continua a florescer em todo o mundo ocidental, tanto entre praticantes leigos como entre profissionais.
No Oriente, as técnicas de massagem sempre foram mais valorizadas do que no ocidente, e seu uso tem tido uma continuidade ininterrupta desde as eras mais remotas. Talvez a diferença que até muito recentemente existia entre as atitudes oriental e ocidental com relação à massagem tenha origem na revolução científica ocorrida no mundo ocidental há cerca de 250 anos. Em decorrência dessa nova ciência, conceitos mais antigos, que ligavam o corpo à mente e ao espírito, foram descartados como não-científicos e, com o passar do tempo, o corpo passou a ser considerado um tipo de máquina sofisticada, que podia ser consertada e mantida por pessoas altamente treinadas e especializadas – em outras palavras, os médicos.Mas no oriente essa atitude “científica” não se arraigou senão em tempos muito recentes, e as pessoas que moravam fora dos grandes centros continuaram a combinar o desejo instintivo de “esfregar para melhorar” com habilidades refinadas e elaboradas pela longa tradição transmitida pelos “médicos descalços”, detentores do conhecimento da teoria da medicina oriental e das técnicas de manipulação ou de conserto dos ossos, técnica conhecida sei-tai.
Evidência histórica da reflexologia, massagem e shiatsu;À esquerda, pintura na parede da tumba de um médico em Saqqara, Egito, datada de 2330 a.C.;À direita, adaptação de xilogravuras tomadas de um texto japonês do início do século XIX.
A LINGUAGEM DO CONTATO
Tocar significa contactar, ou seja, relacionar-se com aquilo que se situa fora de nossa própria periferia, o solo situado sob nossos pés. E para os seres humanos, como para os outros animais, o ato de tocar é de importância vital. O contato instila confiança, transmite calor, prazer, conforto e renovada vitalidade. O contato nos diz que não estamos sós.
Dentre todos os sentidos, o tato é o primeiro a desenvolver-se. Como bebês, é principalmente pela nossa experiência tátil que exploramos e percebemos o mundo, e o contato amoroso de nossos pais é essencial para nosso crescimento. Desde que nossa necessidade de tocar e ser tocado é satisfeita, crescemos saudáveis; mas, quando ela é inibida,nosso desenvolvimento pode ficar comprometido. Porque as carícias, abraços e afagos que recebemos na infância nos ajudam a construir uma imagem saudável de nós mesmos e acalentar o sentimento de que, porque somos tocados, somos aceitos e amados.Há mais de vinte anos, o psicólogo americano S.M.Jourard demonstrou que nossa percepção do quanto somos tocados por outras pessoas parece estar nitidamente relacionado a nossa auto-estima e a quanto nós nos valorizamos.
Experimentos com filhotes de primatas demonstraram como é essencial o contato físico com uma mãe “quentinha” e carinhosa e, por outro lado, o quanto pode ser física e emocionalmente bloqueadora a privação do contato, uma vez que todas as nossas sensações de realidade estão baseadas no sentido do tato. Em nossa sociedade, ser privado do contato com os outros seres humanos é uma punição – e a pior de todas as punições é o confinamento numa solitária. Ao sermos impedidos de tocar e ser tocados sentimo-nos angustiosamente sozinhos e ansiosos. Num recente estudo clínico norte-americano, os clientes que tiveram negado o contato informaram ter-se sentido agudamente isolados e desligados do calor do contato humano.
O tato é a linguagem que todos nós usamos instintivamente para revelar nossos sentimentos, para demonstrar às outras pessoas que são amadas, desejadas ou apreciadas. “- Deixe-me massagear um pouco, que logo vai melhorar” é nossa resposta natural aos tombos e às contusões; as mãos se movimentam rapidamente, indo repousar em testas febris ou aliviar dores de barriga ou de cabeça. A dor emocional também evoca uma resposta imediata. Ao pegar no colo, confortar, acariciar, transmitimos simpatia, compreensão, incentivo. Sozinhos e sentindo dor, embalamo-nos e abraçamos com intensidade, repousamos a cabeça cansada nas mãos, massageando de forma inconsciente nossos membros doloridos. Mas, afora talvez o abraço de duas pessoas, gesto puramente de amizade, ou para transmitir nossa felicidade ou alegria, não nos teremos desviado demasiadamente de nossos instintos ao reservar a linguagem do tato exclusivamente para os gemidos de dor e tristeza, ou no momento do sexo – por ter medo do contato que signifique apenas afeição, ou um modo de relaxar?
SITES RECOMENDADOS
http://www.abcdasaude.com.brhttp://www.msd-brasil.com/msd43/m_manual/sumario.htm (Manual MERCK - excelente)http://www.interfisio.com.br
Você que está iniciando o estudo do corpo humano pode aprender como ele é organizado e como funciona. Para entender o que acontece com o corpo quando ele é ferido, está doente ou submetido ao estresse elevado, você deve primeiramente ter um entendimento básico de como o corpo é organizado, de como suas diferentes partes normalmente funcionam e das várias condições que afetarão o seu funcionamento para manter a saúde e a vida.
Você será introduzido aos vários sistemas que compõem o corpo humano. Você também aprenderá como estes sistemas, em geral, cooperam entre si, para manter a saúde do corpo como um todo e como estes sistemas interagem para mantê-lo saudável.
DEFINIÇÃO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA
Para entender as estruturas e as funções do corpo humano, estudaremos as ciências da anatomia e da fisiologia. A anatomia (anatome = cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. Afisiologia (physis + lógos + ia) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função. Por exemplo, os pêlos que revestem o nariz filtram o ar que inspiramos. Os ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo. Os ossos dos dedos, em contraste, estão unidos mais frouxamente para permitir vários tipos de movimento.
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão associados entre si. As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, as gorduras e as vitaminas.
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células musculares, nervosas e sangüíneas. A Figura acima mostra quatro tipos diferentes de células de revestimento do estômago. Cada uma tem uma estrutura diferente e cada uma desenvolve uma função diferente.
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso. As células na Figura acima formam um tecido epitelial que reveste o estômago. Cada célula tem sua função específica na digestão.
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e o estômago. A Figura acima mostra os vários tecidos que constituem o estômago. A túnica serosa é uma camada de tecido conjuntivo e tecido epitelial, estando localizada na superfície externa do estômago, que o protege e reduz o atrito quando o estômago se move e roça em outros órgãos vizinhos. As camadas de tecido muscular do estômago estão localizadas abaixo da túnica serosa e contraem-se para misturar o bolo alimentar e transportá-la para o próximo órgão digestório (intestino delgado). A camada de tecido epitelial que reveste o estômago produz muco, ácido e enzimas que auxiliam na digestão.
O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório, que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto pelos seguintes órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas.O mais alto nível de organização é o nível de organismo.
Todos os sistemas do corpo funcionando como um todo compõem o organismo - um indivíduo vivo.
COMO OS SISTEMAS DO CORPO FUNCIONAM EM CONJUNTO
À medida que os sistemas do corpo forem estudados com mais profundidade, você verá como eles funcionam para manter a saúde, protegê-lo contra doenças e permitir a reprodução da espécie. No momento, consideraremos como dois sistemas do corpo - os sistemas tegumentar e esquelético - cooperam entre si.
O sistema tegumentar (pele, pêlos e unhas) protege todos os sistemas do corpo, incluindo o sistema ósseo, por meio da função de barreira entre o ambiente externo e os tecidos e os órgãos internos. A pele (cútis) também está envolvida na produção de vitamina D, a qual o corpo necessita para a utilização apropriada de cálcio.
(O cálcio é o mineral necessário para o crescimento e o desenvolvimento dos ossos.) O sistema esquelético, por sua vez, fornece sustentação para o sistema tegumentar.
PRINCIPAIS SISTEMAS DO CORPO HUMANO, ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS E SUAS FUNÇÕES
TEGUMENTARDefinição: Pele (cútis) e estruturas dela derivadas, como pêlo, unhas e glândulas sebáceas e sudoríparas.Função: Auxilia a regular a temperatura corporal, protege o corpo, elimina resíduos, auxilia na produção de vitamina D, recebe certos estímulos tais como temperatura, pressão e dor.
ESQUELÉTICODefinição: Todos os ossos do corpo, suas cartilagens associadas e articulações.Função: Sustenta e protege o corpo, auxilia nos movimentos corporais, aloja células que produzem as células sanguíneas, armazena minerais.
MUSCULARDefinição: Refere-se especificamente ao tecido muscular esquelético, em geral fixado a ossos (outros tecidos musculares são o liso e o cardíaco).Função: Participa na execução de movimentos, mantém a postura, produz calor.
NERVOSODefinição: Encéfalo, medula espinhal, nervos e órgãos dos sentidos, tais como olho e orelha.Função: Regula as atividades corporais por meio de impulsos nervosos, detectando mudanças no ambiente, interpretando-as e respondendo às mesmas, causando contrações musculares ou secreções glandulares.
ENDÓCRINODefinição: Todas as glândulas e tecidos que produzem substâncias químicas reguladoras das funções do corpo, chamadas hormônios.Função: Regula as atividades do corpo por meio de hormônios transportados pelo sangue do sistema cardiovascular, aos diversos órgãos-alvo.
CARDIOVASCULAR (CIRCULATÓRIO)Definição: Sangue, coração e vasos sanguíneos.Função: Distribui oxigênio e nutrientes às células, transporta dióxido de carbono e resíduos das células, auxilia na manutenção do equilíbrio ácido-básico do corpo, protege contra doenças, previne hemorragias pela formação de coágulos sanguíneos, auxilia na regulação da temperatura corporal.
LINFÁTICO E IMUNOLÓGICODefinição: Linfa, vasos linfáticos e estruturas ou órgãos contendo tecido linfático (grande número de células sanguíneas brancas, chamadas de linfócitos), tais como o baço, o timo, os linfonodos e as tonsilas.Função: devolve proteínas e plasma (porção líquida do sangue) ao sistema cardiovascular (circulatório), transporta gorduras do trato gastrintestinal para o sistema cardiovascular, serve de local para a maturação e a proliferação de certas células sanguíneas brancas e auxilia na proteção contra doenças pela produção de anticorpos, bem como de outras respostas.
RESPIRATÓRIODefinição: Pulmões e vias aéreas associadas, como a faringe, a laringe, a traquéia e os brônquios, que comunicam os pulmões.Função: Fornece oxigênio, elimina dióxido de carbono, auxilia a regular o equilíbrio ácido-básico do corpo, auxilia na produção de sons da voz.
DIGESTÓRIODefinição: Um tubo longo chamado de trato gastrintestinal e seus órgãos acessórios, tais como glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas.Função: Degrada e absorve alimentos para utilização pelas células, elimina resíduos sólidos e outros.
URINÁRIODefinição: Rins, ureteres, bexiga urinária e uretra que, em conjunto, produzem, armazenam e eliminam a urina.Função: Regula o volume e a composição química do sangue, elimina resíduos, regula o equilíbrio e o volume de fluidos e de eletrólitos, auxilia na manutenção do equilíbrio ácido-básico do corpo, secreta um hormônio que auxilia na regulação da produção de células sanguíneas vermelhas.
GENITALDefinição: Órgãos (testículos e ovários) que produzem células reprodutivas (espermatozóides e óvulos) e outros órgãos que transportam, armazenam e nutrem células reprodutivas (vagina, tubas uterinas, útero, ducto deferente, uretra, pênis).Função: Reproduz o organismo e produz hormônios que regulam o metabolismo.
HOMEOSTASE: O PODER DE CURAR
http://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/ab_news_health/noticias.html
A habilidade do corpo em manter a homeostase dá-lhe um tremendo poder de cura e uma notável resistência ao abuso.
Mas, para a maioria das pessoas, boa saúde durante a vida não acontece por acaso. Dois fatores importantes para este equilíbrio denominado saúde são o meio ambiente e o próprio comportamento do indivíduo. Sua homeostase é afetada pelo ar que você respira, pela comida que você come e também pelos seus pensamentos.
A maneira que você vive pode ajudar ou interferir com a habilidade de seu corpo em manter a homeostase e recuperar-se dos inevitáveis estresses que a vida coloca em seu caminho. Consideremos o estresse imposto por um simples resfriado. Você está favorecendo seus processos naturais de cura quando você se cuida.
Bastante repouso e ingestão de líquidos permitem que o sistema imunológico realize seu trabalho. O resfriado faz seu curso e você logo estará de pé novamente.
Se, em vez de se cuidar, você continuar fumando dois maços de cigarro ao dia, não se alimentar adequadamente e passar diversas noites acordado estudando para um exame de anatomia e fisiologia, você interferirá com a habilidade do sistema imunológico em rejeitar microrganismos invasores e trazer o corpo de volta à homeostase e à boa saúde. Outras infecções tomarão vantagem de seu estado enfraquecido, e logo o resfriado terá se transformado em uma bronquite ou pneumonia.
HOMEOSTASE E PREVENÇÃO
Muitas doenças são o resultado de anos de comportamento pouco recomendáveis para sua saúde, que interferem na tendência natural de seu corpo de manter a homeostase.
Um exemplo óbvio é a doença relacionada ao fumo. O tabaco expõe o sensível tecido pulmonar a muitas substâncias químicas que causam câncer e que prejudicam a capacidade pulmonar de se recuperar.
Doenças como o enfisema e o câncer de pulmão são difíceis de tratar e muito raramente curados. Por isso, é muito mais sábio deixar de fumar (ou nunca começar), que esperar que seu médico o "conserte" quando você for diagnosticado com a doença. Isso não significa dizer que todas as doenças são resultado de maus hábitos.
Ainda não entendemos o que causa muitas doenças, e temos pouco ou nenhum controle sobre o seu desenvolvimento. E mesmo quando os hábitos do estilo de vida tenham contribuído para o desenvolvimento de uma doença, devemos reconhecer. que a mudança de hábitos é difícil e, desta forma, devemos evitar culpar a vítima quanto ao aparecimento de doenças.
O ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL
Durante muitos anos, a palavra "saúde" foi utilizada para significar simplesmente uma ausência de doenças.
Muitas pessoas sentiram que havia mais na saúde que simplesmente não estar doente. O termo "bem-estar" passou a ser utilizado para indicar um tipo de saúde de alto nível, representando mais que a ausência de doença, e incluindo o bem-estar em todos os aspectos de sua vida, não apenas no físico. O conceito de bem-estar é baseado na noção de que as escolhas do estilo de vida que você faz ao longo dos anos têm um importante impacto no seu bem-estar mental, físico e espiritual.
Bem-estar significa assumir responsabilidade por sua saúde, prevenir acidentes e doenças e ter um seguro de saúde, quando necessário. O bem-estar encoraja a conscientização do consumidor e promove o estabelecimento de sistemas e ambientes sociais conducentes a um comportamento saudável. Embora a prevenção de doenças seja um importante objetivo do estilo de vida de bem-estar, a doença e a incapacidade não o impedem, já que bem-estar significa fazer o possível para maximizar seu potencial pessoal para um ótimo bem-estar e para construir uma vida significativa e recompensadora.
POSIÇÃO ANATÔMICA
Em posição anatômica, o indivíduo encontra-se de pé, em posição ereta, de frente para o observador, com os membros superiores nos lados do tronco, as palmas das mãos voltadas para frente e os pés nivelados no solo.
As partes do corpo têm nomes anatômicos e nomes comuns para as diferentes regiões. Exemplos incluem cranial (crânio), torácica (peito), braquial (braço), patelar (joelho), cefálica (cabeça) e glútea (nádegas).
TERMOS DE DIREÇÃO
Os termos de direção indicam a relação de uma parte do corpo com outra.
Os termos de direção comumente utilizados são superior (em direção à cabeça ou parte superior de uma estrutura), inferior (distante da cabeça ou em direção à parte inferior de uma estrutura), anterior (próximo ou na parte da frente do corpo) , posterior (próximo ou no dorso do corpo) , medial (mais próximo à linha mediana do corpo ou de uma estrutura), intermédio (entre as estruturas medial e lateral), proximal (mais próximo à fixação de uma extremidade ao tronco ou estrutura), distal (mais distante da fixação de uma extremidade ao tronco ou estrutura), superficial (em direção à ou na superfície do corpo) e profundo (distante da superfície do corpo).
PLANOS E SECÇÕES (CORTES)
Planos são superfícies imaginárias planas usadas para dividir o corpo ou órgãos em áreas definidas. Um plano sagital mediano é um plano através da linha mediana do corpo, que divide o corpo (ou órgão) em lados direito e esquerdo iguais. Um plano parassagital (sagital paramediano) é um plano que não passa através da linha mediana do corpo e divide o corpo ou órgãos em lados esquerdo e direito desiguais.
Um plano frontal (coronal) divide o corpo em porções anterior e posterior. Um plano transversal (horizontal) divide o corpo em porções superior e inferior. Um plano oblíquo passa através do corpo ou órgãos em um ângulo entre os planos transversal e sagital mediano, sagital paramediano e frontal.
Secções resultam de cortes através de estruturas corporais. Elas são denominadas de acordo com o plano no qual o corte é feito e incluem secções transversais, secções frontais e secções sagitais medianas.
CAVIDADES DO CORPO
Os espaços do corpo que contêm órgãos internos são chamados de cavidades.
As cavidades dorsal e ventral são as duas cavidades principais do corpo.
A cavidade dorsal é subdividida em cavidade craniana, que contém o encéfalo, e o canal vertebral, que contém a medula espinhal e o começo dos nervos espinhais.
A cavidade ventral está subdividida pelo diafragma em uma cavidade torácica, superior, e uma cavidade abdominopélvica, inferior.
A cavidade torácica contém duas cavidades pleurais, a cavidade pericárdica e o mediastino.O mediastino contém uma massa de tecidos entre os pulmões que se estende do osso esterno até a coluna vertebral.Ele contém todas as estruturas da cavidade torácica com exceção dos pulmões.
A cavidade abdominopélvica está dividida em cavidades abdominal, superior e pélvica inferior. Nenhuma estrutura específica as divide.
As vísceras (órgãos) da cavidade abdominal incluem o estômago, o baço, o pâncreas, o fígado, a vesícula biliar, o intestino delgado e a maior parte do intestino grosso.
As vísceras da cavidade pélvica incluem a bexiga urinária, o colo sigmóide, o reto e os órgãos genitais internos femininos e masculinos.
REGIÕES E QUADRANTES ABDOMINOPÉLVICOS
Para descrever facilmente a localização de órgãos, a cavidade abdominopélvica pode ser dividida em nove regiões. Os nomes das nove regiões abdominopélvicas são: epigástrica, hipocondríca direita, hipocondríaca esquerda, umbilical, lateral (lombar) direita, lateral (lombar) esquerda, púbica (hipogástrica), inguinal (ilíaca) direita e inguinal (ilíaca) esquerda.
A cavidade abdominopélvica pode também ser dividida em quadrantes pela passagem de linhas imaginárias horizontal e vertical através do umbigo.
Os nomes dos quadrantes abdominopélvicos são: quadrante superior direito (QSD), quadrante superior esquerdo (QSE), quadrante inferior direito (QID) e quadrante inferior esquerdo (QIE).
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES DA MASSAGEM AS APLICAÇÕES DA MASSAGEM
O uso da massagem é determinado pelas indicações e contra-indicações para o tratamento, particularmente quando é aplicada para um fim terapêutico específico. Como ocorre com outras terapias, contudo, as opiniões sobre a aplicação das técnicas podem diferir. As indicações e contra-indicações para a massagem discutidas neste site, portanto, são consideradas sob essa perspectiva e servem como uma regra geral, não como uma lista de regras rígidas e restritivas. Por outro lado, algumas medidas de precaução são inquestionáveis. Para permitir que o terapeuta decida sobre a adequação da massagem, as seguintes questões devem ser abordadas:
A condição é aguda, subaguda ou crônica?
Qual é a finalidade da massagem – por exemplo, a melhora na circulação, o relaxamento ou remoção de toxinas?
Que regiões do corpo precisam ser trabalhadas? A massagem deve ser aplicada em determinada área ou deve ser sistêmica?
Que função orgânica ou sistema corporal a massagem influenciar?
Que técnicas de massagem podem ser aplicadas com segurança?
INDICAÇÕES PARA MASSAGEM
A massagem é uma indicação para condição patológica quando tende a apresentar benefícios ao tratamento. A massagem é invariavelmente administrada como um adjunto de outras abordagens, médicas ou complementares, e em alguns casos apenas é executada com a aprovação de um médico.Nesse estágio, é importante considerar a aplicação da massagem para diferentes tipos de condição:
Nos distúrbios constitucionais mais generalizados, o papel da massagem é estimular a eliminação de toxinas e resíduos – substâncias oriundas de infecções, inflamações, espasmos musculares e alterações similares. A massagem atinge seus objetivos pela influência sobre a circulação, em particular a do retorno venoso e linfático. Benefícios adicionais ocorrem com o relaxamento dos músculos e, igualmente significativo, com o relaxamento do cliente. Um efeito indireto, mas relevante é a estimulação do sistema nervoso autônomo, que, por sua vez, melhora a produção de secreções glandulares e o funcionamento orgânico;
Todos os movimentos de massagem têm um efeito de normalização sobre as zonas reflexas, quer sejam áreas de dor referida direta, relacionada a uma disfunção orgânica, quer seja uma mudança tecidual indireta. Além disso, algumas técnicas de massagem (como a técnica neuromuscular) podem ser aplicadas a zonas específicas, relacionadas com determinado distúrbio ou órgão;
Nas condições mais específicas, como alterações patológicas, a massagem é aplicada para ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados ao problema.
Diversos problemas encontram solução através da massoterapia, tais como: Calcificações articulares; contrações, espasmos, atonias e contorções musculares; luxações; edemas; debilidade sexual ou nervosa; distúrbios cardíacos, circulatórios, digestivos e intestinais; fadiga; obesidade; paralisia; reumatismo, gota, nevralgia e artrite; febres até 38º (ocasionadas por dengue ou resfriados); prisão de ventre; pré e pós cirúrgicos em estética; cicatrizes; gravidez normal; bebês; crianças; idosos e lesões em geral.
CONTRA-INDICAÇÕES PARA MASSAGEM
Embora, geralmente traga muitos benefícios, a massagem pode ser contra-indicada em alguns estados patológicos. A razão para uma abordagem cautelosa é eliminar a possibilidade de exacerbar a gravidade ou o número de complicações da patologia. Entretanto, na maioria dos casos em que há contra-indicações, a massagem deve ser evitada apenas nos tecidos ou regiões afetados. As informações obtidas na anamnese são utilizadas para avaliar a adequação do tratamento por massagem. Além disso, cada região do corpo deve ser examinada para averiguação de qualquer sinal ou indício de possíveis contra-indicações, seja elas menores ou de natureza mais séria. Ainda que algumas condições sejam mais obviamente contra-indicadas que outras, é sempre aconselhável uma prévia discussão com o médico do cliente. O importante é que o profissional da massagem tenha suficiente conhecimento sobre anatomia e patologia, a fim de tomar decisões lúcidas sobre a adequação do tratamento de massagem.
Nos casos de febres infecciosas; hemorragias; descalcificações graves (osteoporose severa); flebite, trombose; fraturas (antes de solidificadas); câncer; feridas abertas; queimaduras recentes; doenças mentais graves (o doente mental pode ter uma crise e atacar o terapeuta).
REAÇÕES AO TRATAMENTO
As reações da massagem e ao trabalho corporal variam de um cliente para outro. Enquanto uma pessoa apresenta uma resposta positiva em um curto período de tempo, outro cliente nas mesmas condições talvez necessite de um tratamento muito mais longo. A diferença é inevitável e deve ser encarada como natural. É válido lembrar que os clientes curam a si mesmos, ainda que com a orientação e ajuda do terapeuta. Existe disparidade, também, nos efeitos físicos imediatos ao tratamento. Apesar de, em geral, a massagem ser um conjunto agradável, algumas das manobras são mais agradáveis que outras. As técnicas de massagem profunda, por exemplo, assemelham-se mais a uma “dor gostosa”, quando comparadas com sensação tranqüilizadora do deslizamento superficial. Às vezes, uma sensação residual de leve dor permanece após o tratamento, o que invariavelmente decorre da superestimulação dos nervos sensoriais. Entretanto, qualquer dor ou abrasão que persista ou demonstre alguma importância deve ser registrada, literal ou mentalmente, já que revela a necessidade de ajustes nos tratamentos subseqüentes ou de omissão completa da área. Alguns clientes também relatam uma sensação de peso na cabeça ou a necessidade de assoar o nariz logo após o tratamento: ambos os sintomas são temporários e indicam que o corpo está eliminando toxinas. Não raro, a massagem no abdômen é seguida por defecação, e a massagem na linfa e nos rins, por micção: são, portanto, reações esperadas.
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